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Mulher que se ama, se cuida
Posted junho 23, 2009
on:Por Daiane Basso
“Mulher apaixonada e segura usa camisinha. Camisinha, quando um usa, dois se protegem”. Essa é apenas uma das campanhas de prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis promovidas pelo Ministério da Saúde.
Segundo pesquisa do próprio Ministério, realizada com pessoas de 15 a 64 anos de idade em 2008, 16% dos brasileiros traem e são os homens os que mais o fazem: 21% contra o índice de 11% para as mulheres.
A pesquisa também analisou o uso do preservativo nas parcerias casuais fora da relação estável. O uso nessa situação é baixo, 63% não adotaram preservativo em todas as vezes que fizeram sexo com parceiro eventual. Entre os homens, o índice é de 57% e entre as mulheres 75%.
Para entender um pouco mais dessas questões, o Menu Mulher foi até o CISS, Centro Integrado Solidariedade e Saúde de Balneário Camboriú, que presta assistência juntamente com o Hospital Dia e o Serviço de Atendimento Especializado, o SAE.
O psicólogo Evandro Fernandes Alves, 36 anos, afirma que hoje o número de pacientes infectados pelo vírus da Aids está praticamente igual entre homens e mulheres. Os maiores índices estão entre os heterossexuais, seguido de bissexuais e homossexuais e, em terceiro lugar, estão os usuários de drogas injetáveis.
O município apresenta um quadro de pontos críticos, sendo eles:
# alta sazonalidade da população, justamente por ser uma cidade turística;
# o número de profissionais do sexo aumenta durante a temporada;
# a feminização da epidemia;
# grande número de usuários de drogas;
# gestantes que realizaram teste rápido somente na maternidade;
# baixo número de população vulnerável realizando testagem.
Vale ressaltar que as doenças sexualmente transmissíveis e o vírus da Aids não têm perfil definido, nem hora ou local para o contágio. A prevenção é a única forma de evitar essas contaminações e você é a única pessoa capaz de evitar isto, sempre fazendo o uso do preservativo. Confie exclusivamente em você, a sua saúde não tem preço.
Leia também:
“O QUE PROMOVE O USO DO PRESERVATIVO “
– O Departamento de DST e Aids – responsável pelo estudo – criou um modelo estatístico para analisar as informações da pesquisa e identificou quais são os principais fatores que impactam a adoção do preservativo. Gênero, acesso gratuito à camisinha e quantidade de parcerias casuais são as características mais importantes:
# Homens têm 40% mais chance de usar camisinha que as mulheres;
# Quanto mais jovem, maior a probabilidade de uso de preservativo (a cada ano, diminui 1% a chance de o indivíduo usar preservativo);
# Quem teve mais de cinco parceiros casuais nos últimos 12 meses tem quase duas vezes mais chance de usar que os que não tiveram;
# Quem já pegou preservativo de graça tem duas vezes mais chance de usar que aqueles que nunca pegaram.
A divisão por sexo mostra que alguns fatores têm impacto diferenciado sobre homens e mulheres. Entre eles, os “solteiros” têm quase quatro vezes mais chance de usar a camisinha que os com relações estáveis; os que já pegaram preservativo de graça têm 80% mais chance de usar que os que nunca pegaram. Entre as mulheres, as “solteiras” têm mais que o dobro de chance de usar que as “casadas”. As que já pegaram preservativo de graça têm mais que o dobro de chance de fazer sexo seguro que as que nunca pegaram”.
*Fonte: Ministério da Saúde
* Confira na íntegra pesquisa realizada